terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Biografia, obras e frases de Henfil



Henrique de Souza Filho foi um cartunista, quadrinista, jornalista e escritor brasileiro. Era hemofílico e sempre teve uma saúde bastante delicada, assim como seus dois irmãos, Herbert de Sousa, o Betinho, e Francisco Mário. Além deles, tinha mais cinco irmãs.

Henfil nasceu em Ribeirão das Neves e cresceu na periferia de Belo Horizonte, onde freqüentou um curso superior de Sociologia, que abandonou depois de dois meses.

Foi embalador de queijos, "boy" de agência de publicidade e jornalista, até especializar-se, no início da década de 1960, em ilustração e produção de histórias em quadrinhos.

A estreia de Henfil como ilustrador deu-se em 1964, quando, a convite do editor e escritor Robert Dummond, começou a trabalhar na revista Alterosa, de Belo Horizonte, onde criou "Os Franguinhos". Em 1965 passou a colaborar com o jornal Diário de Minas, produzindo caricaturas políticas. Em 1967, criou charges esportivas para o Jornal dos Sports, do Rio de Janeiro. Também teve seu trabalho publicado nas revistas Realidade, Visão, Placar e O Cruzeiro. A partir de 1969, passou a colaborar com o Jornal do Brasil e com O Pasquim Fez charges esportivas para o Jornal dos Sports do Rio de Janeiro, em 1967, colaborando também nas revistas Visão, Realidade, Placar e O Cruzeiro.

A partir de 1969, fixou-se no semanário Pasquim e no Jornal do Brasil, onde seus personagens atingiram um grande nível de popularidade. Em 1970, lançou a revista Os Fradinhos, com sua marca registrada: um desenho humorístico, crítico e satírico, com personagens tipicamente brasileiros e que retratavam as situações da época.

Após uma década de trabalho no Rio de Janeiro, Henfil mudou-se para Nova York, onde passou dois anos em tratamento de saúde, e escreveu seu livro "Diário de um Cucaracha". De volta ao Brasil, morou algum tempo no Rio e em Natal (RN), retornando novamente ao Rio de Janeiro.

Além das histórias em quadrinhos e cartuns, Henfil realizou a peça de teatro "A Revista do Henfil" (em co-autoria com Oswaldo Mendes), escreveu, dirigiu e atuou no filme "Tanga - Deu no New York Times" e teve uma incursão na televisão com o quadro "TV Homem", do programa "TV Mulher", na Rede Globo.

Como escritor, publicou sete livros entre 1976 e 1984: "Hiroxima, Meu Humor", "Diário de Um Cucaracha", "Dez em Humor" (coletiva), "Diretas Já", "Henfil na China", "Fradim de Libertação" e "Como se Faz Humor Político".

Henfil teve uma atuação marcante nos movimentos políticos e sociais do país, lutando contra a ditadura, pela democratização do país, pela anistia aos presos políticos e pelas Diretas Já. Na história dos quadrinhos no Brasil, renovou o desenho humorístico com seus personagens "Os Fradinhos", o "Capitão Zeferino", a "Graúna", e "Bode Orelana", entre outros.

Devido a uma transfusão de sangue em um hospital público, durante tratamento da hemofilia, contraiu o vírus da Aids e faleceu em 1988, em decorrência da doença.

Henfil é um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores. Há inúmeros materiais de divulgação do Partido e de campanha eleitoral ilustrados por ele.



Obras de Henfil


  1. Hiroshima, meu humor (1966)
  2. Diário de um cucaracha (1976)
  3. Dez em humor (coletânea, 1984)
  4. Diretas Já! (1984)
  5. Henfil na China (1980)
  6. Fradim de Libertação (1984)
  7. Como se faz humor político (1984)
Célebres frases de Henfil

- Se não houver frutos, valeu a beleza das flores; se não houver flores, valeu a sombra das folhas; se não houver folhas, valeu a intenção da semente.
- Viver é uma tarefa urgente, porque amanhã é uma coisa que não dá pra pensar, não dá pra fazer planos, hoje é urgente, amanhã é a morte, ontem, graças a Deus, teve ontem!
- Enquanto os sábios pensam sem certeza, os idiotas atacam de surpresa
- Enquanto acreditarmos em nossos sonhos, nada será por acaso.
- A minha luta é tentar também ser mulher. 

É conseguir ser afetivo, é conseguir ser intuitivo, é conseguir sonhar, que é um dos componentes muito grande que eu acho que a mulher tem. 
Conseguir dar carinho!
- Não busques a vaidade de ter o melhor que os outros. Contenta-te com a tarefa gloriosa de tentares ser melhor que és. Que tu não sejas o teu limite de crescimento, mas o teu grande questionamento, o teu grande interrogador.



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