segunda-feira, 26 de maio de 2014

Biografia e obras de Raul Brandão



Raul Germano Brandão (Foz do Douro, Porto, 12 de Março de 1867 — Lisboa, 5 de Dezembro de 1930), militar, jornalista e escritor português, famoso pelo realismo das suas descrições e pelo liricismo da linguagem. Frequentou no Porto o Curso Superior de Letras e matriculou-se depois na Escola do Exército para satisfazer a mãe. Enrtou para a ativa militar em 1888. Promovido a alferes em 1896, foi reformado no posto de major, em 1912. Como alferes, foi a Lisboa, onde se dedicou ao jornalismo. Colaborou na Revista de Portugal, no Correio da Manhã, na Revista de Hoje, da qual foi co-diretor (1894-1896), e em A Arte, sendo chefe de redação dos jornais O Dia e A República. 

Estreou na literatura com os contos naturalistas Impressões e Viagens (1890). A influência do grupo do Porto de boêmios nefelibatas, entusiastas do simbolismo decadente, nota-se ainda na História dum Palhaço (1896). A partir de 1903 mudou-se para a Casa do Alto, nos arredores de Guimarães. Publicou contos, livros de viagens, peças de teatro, memórias e estudos históricos. Sua prosa, simples e tensa, tem forte dramaticidade e visível idealismo no lírico anarquismo niilista. 

Neto de um pescador, seus textos resumem simpatia e angústia ao evocarem as desgraças dos humilhados e ofendidos, sob influência direta da leitura de Dostoievski, sendo nesse aspecto um caso ímpar na prosa portuguesa.

Faleceu em 5 de Dezembro de 1930, aos 63 anos de idade, deixando uma extensa obra literária e jornalística.

Obras de Raul Brandão

Impressões e Paisagens (1890), História de um Palhaço (1896), O Padre (1901), A Farsa (1903), Os Pobres (1906), Húmus (1917), Memórias (1919, 1925, 1933), em três volumes, as peças de teatro O Gebo e a Sombra (1923) e O Doido e a Morte (1923), Os Pescadores (1923), A Morte do Palhaço e o Mistério das Árvores (1926) e O Pobre de Pedir (1931).

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