quinta-feira, 27 de março de 2014

Paralisação marca primeiro dia de greve do Samu

Servidores do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) cruzaram os braços por tempo indeterminado nesta quinta-feira, 27.
Condutores, enfermeiros, telefonistas, rádio-operadores, técnicos e auxiliares de enfermagem [do Samu, SEES e Sintasa] estiveram na base do Samu, anexo ao Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) em forma de protesto.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Condutores de Ambulância do Estado de Sergipe (Sindiconam), Adilson Melo, até o momento não há qualquer negociação com o governo. “Na paralisação do último dia 27, tive uma conversa com Joélia [secretária] que disse que ia nos receber na segunda após o carnaval, mas isso não aconteceu. O governo fechou a mesa de negociação desde 2012 e o nosso salário está fixo a título de R$ 632 reais. Temos também a questão da recomposição salarial que é garantido pela constituição e desde 2012 que o governo não reajusta”, afirma.
Indagado quanto ao serviço oferecido à população, o sindicalista Adilson Melo garante que as viaturas não vão parar. "Dizer que não vai comprometer é utopia, mas a gente está trabalhando de regime de 24 horas para tentar suprir as falhas. As viaturas não vão parar, não vai ter intervalo de repouso. Os grevistas vão tirar o repouso dos outros carros e haverá um revezamento de quatro turno de seis servidores", diz.
Condições de Trabalho
A presidente da SEES, Flávia Brasileiro diz que faltam melhorias nas viaturas do Samu
Condições de trabalho também são um dos pontos de reivindicações dos servidores do Samu que no entendimento da presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Sergipe (SEES), Flávia Brasileiro, necessita de uma maior atenção por parte do Estado.
“O serviço precisa de investimento mais efetivo, um cronograma de manutenção das viaturas e contingente para as equipes estarem completas. Das USBs [Unidade de Suporte Básico], só existe uma com ar condicionado e isso é extremamente espoliante, você trabalhar com um macacão num calor e exposto na rua e você chegar e o carro não ter ar condicionado, fora as medicações que ficam dentro expostos a 50 graus de temperatura, ou seja, você inviabiliza a eficácia da medicação e a gente precisa dialogar isso”, afirma Flávia.
FHS
A equipe do Portal Infonet entrou em contato com a FHS que enviou uma nota.
A diretoria da Fundação Hospitalar de Saúde (FHS) entende que a greve é um direito do trabalhador. No entanto, é preciso que todos os ditames da Lei sejam cumpridos, como manter o número mínimo de trabalhadores.
Na reunião realizada no dia 25, ficou acordado que a cobertura da escala com percentual de greve será condicionada em 40%. Serão mantidas 09 Unidades de Suporte Avançado (USAs) em funcionamento, totalizando 56,26% dessas ambulâncias em operação. Com relação aos funcionários do Centro de Material Estéril (CME), administrativos, rádios operadores e técnicos auxiliares de Regulação Médica (Tarms), será um contingente de 30% em operação.
A FHS informa também que a aquisição dos equipamentos de proteção individual vem sendo feita. Por exemplo, os equipamentos dos motossocorristas já foram entregues. Os demais já estão em processo final de licitação e assinatura dos contratos de fornecimento por parte das empresas ganhadoras.
A Direção da Fundação Hospitalar de Saúde esclarece que fará todo possível para que a população não fique desassistida e reafirma que continua aberta ao diálogo e acredita no processo de negociação.
Por Aisla Vasconcelos

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