segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Eça de Queirós - biografia, vida e obras

José Maria de Eça de Queirós nasceu em Póvoa de Varzim em 1845. Filho natural, passou a infância  e a adolescência longe do pai. Estudou no Porto e mais tarde formou-se em direito em Coimbra. Ligou-se por essa ocasião ao grupo renovador chamado “Escola de Coimbra” , Responsável pela introdução do Realismo em Portugal. Em Lisboa substituiu a atividade jurídica pela de jornalista e ficcionista, tendo colaborado com vários jornais da época.

Eça não participou diretamente da “Questão Coimbra” - 1865 - , a polêmica em que jovens defensores de novas idéias literárias , artísticas e filosóficas liderados por Antero de Quental , se defrontaram com os velhos românticos , ultrapassados e conservadores , liderados por Visconde de Castilho.

De uma viagem ao Oriente, onde Eça de Queirós fez a cobertura jornalística da inauguração do canal de Suez, resultou o livro O Egito.  Em 1867 dirigiu na cidade de Évora, o jornal de oposição O Distrito de Évora. Voltou para Lisboa e revelou-se como escritor no folhetim da Gazeta de Portugal. Em 1869, assistiu a inauguração do canal de Suez, no Egito. Em 1870, com a colaboração do escritor Ramalho Ortigão, escreveu o romance policial "O Mistério da Estrada de Sintra", e em 1871 "As Farpas", sátiras à vida social, publicadas em fascículos.

Eça de Queiroz profere em conferência o tema "O Realismo Como Nova Expressão de Arte", no Cassino de Lisboa, em 1871. Em 1873 ingressa na carreira política e em 1872 é nomeado cônsul em Havana, e em 1874 é nomeado cônsul na Inglaterra.

O romance "O Crime do Padre Amaro", publicado em 1875, foi o marco inicial do Realismo em Portugal. Nele, Eça faz uma crítica violenta da vida social portuguesa, denuncia a corrução do clero e da hipocrisia dos valores burgueses. A crítica social unida à análise psicológica aparece também no romance "O Primo Basílio", publicado em 1878, em "Mandarim", 1880, e em "Relíquia", 1887.

Em 1885 visita em Paris, o escritor francês Émile Zola. Casa-se com Emília de Castro Pamplona Resende, em 1886. O casal teve dois filhos, Maria e José Maria. Em 1888 foi nomeado cônsul em Paris, ano que publica "Os Maias". Nesse romance observa-se uma mudança na atitude irreverente de Eça de Queiroz Segundo o crítico João Gaspar Simões, o autor "deixa transparecer os mistérios do destino e as inquietações do sentimento, as apreensões da consciência e os desequilíbrios da sensualidade"

Surge então uma nova fase literária, em que Eça deixa transparecer uma descrença no progresso. Manifesta a valorização das virtudes nacionais e a saudade da vida no campo. É o momento dos romances "A Ilustre Casa de Ramires" e "A Cidade e as Serras", e o conto "Suave Milagre" e as biografias religiosas.

Foi ministro dos Negócios Exteriores, diplomata em Cuba, na Inglaterra e finalmente em Paris, onde faleceu em 1900.

Principais obras de Eça de Queiroz

O Mistério da Estrada de Sintra, 1870
O Crime do Padre Amaro, 1875
A Tragédia da Rua das Flores, 1877-78
O Primo Basílio, 1878
O Mandarim, 1880
As Minas do Rei Salomão, 1885, tradução
A Relíquia, 1887
Os Maias, 1888
Uma Campanha Alegre, 1891
O Tesouro, 1893
Adão e Eva no Paraíso, 1897
Suave Milagre, 1898
Correspondência de Fradique Mendes, 1900
A Ilustre Casa de Ramires, 1900
A Cidade e as Serras, 1901, póstuma
Contos, 1902, póstuma
Prosas Bárbaras, 1903, póstuma
Cartas da Inglaterra, 1905, póstuma
Ecos de Paris, 1905, póstuma
Cartas Familiares e Bilhetes de Paris, 1907, póstuma
Notas Contemporâneas, 1909, póstuma
Últimas Páginas, 1912, póstuma
A Capital, 1925, póstuma
O Conde de Abranhos, 1955, póstuma
Alves & Companhia, 1925, póstuma
O Egito, 1926, póstuma

Características literárias de Eça de Queirós


A produção literária de Eça de Queirós pode ser dividida em 3 fases.

1ª fase) fase pré-realista ou preparatória: quando forma sua personalidade e seu estilo

Características
- Temas românticos
- Ambientes fantásticos
- Humanização da natureza.
Obras
- Prosas Bárbaras: reúne contos, artigos e crônicas publicadas na Gazeta de Portugal nos anos de 1866 e 1867.
- O mistério da estrada de Sintra em parceria com Ramalho Ortega
Farpas (colaboração reunida no volume Uma Campanha Alegre)

2ª fase: fase realista

O conto Singularidades de uma rapariga loura, publicado em 1874, dá inicio a essa fase realista do autor.
Obras
- O crime do Padre Amaro
-O primo Basílio
-Os Maias
-A capital (publicado postumamente)
-O conde de Abranhos (publicado postumamente)
-Alves & Cia (publicado postumamente)
-A tragédia da rua das Flores
-O mandarim
-A relíquia
Esses romances retratam a sociedade portuguesa. Eça procurou escrever uma obra para cada um dos aspectos que denunciavam a podridão da sociedade.
O CRIME DO PADRE AMARO
Através da relação de Amaro (sacerdote sem vocação) e Amélia (beata), Eça denuncia o abuso de influência praticado pelos padres.
As questões do pecado e da supervalorização do padre também são abordados e criticados nesta obra.
O PRIMO BASÍLIO
Considerado o melhor romance de Eça de Queirós, a obra conta a história de um adultério.
A esposa Luísa trai seu marido Jorge com o seu primo e suas atitudes provocarão conseqüências desastrosas no seu futuro.
OS MAIAS
Narra a relação incestuosa entre dois irmãos: Carlos e Maria Eduarda.
É considerado o romance mais ambicioso de Eça e levou 10 anos para ser escrito.
Os Maias também faz uma crítica a aristocracia falida.
A CAPITAL, ALVES & CIA E O CONDE DE ABRANHOS
Estes 3 romances foram abandonados pelo autor e por isso só foram publicados depois da sua morte. Falam sobre corrupção e as podridões da vida política.
O MANDARIM e A RELÍQUIA
Características
- Liberdade imaginativa
- Crítica social
Em A Relíquia o autor satiriza a beatice e a hipocrisia.

3ª fase: a fase de maturidade artística

Obras
- A correspondência de Fradique Mendes
- A ilustre casa de Ramires (uma das obras mais importantes da ficção de Eça de Queirós)
- A cidade e as serras (aborda o tema campo X cidade).
Como já foi dito antes, Eça de Queirós também escreveu contos que foram publicados em jornais e revistas entre os anos de 1874 e 1897. Seus contos apresentam características das 3 fases do autor.
Eça de Queirós foi um observador da sociedade e transportou para suas obras os hábitos, manias e outros detalhes do comportamento humano, tudo com muita sátira, ironia e personagens caricatos.

Curiosidades

 Filho ilegítimo (seus pais se casariam apenas quatro anos depois do seu nascimento), Eça de Queirós foi levado, assim que nasceu, à casa de uma ama, em Vila do Conde, onde permaneceu durante quatro anos. A separação da mãe ocorreu por causa do pai, que, temendo as reações da sociedade - e para evitar problemas em sua carreira de magistrado -, tentou ocultar o nascimento da criança.
 Em 1870, no início da carreira diplomática, Eça de Queirós classificou-se em primeiro lugar no concurso para o posto de cônsul na Bahia, mas, por razões políticas, foi preterido em favor do segundo colocado.

"O crime do padre Amaro" - Eça de Queirós - 1875

Romance naturalista do escritor português Eça de Queirós, O Crime do Padre Amaro tem como alvo a crítica à sociedade portuguesa e defendendo a tese de que o homem é fruto do meio em que vive, e de que a hereditariedade exerce influências sobre o seu comportamento, assim como o momento histórico. Estas são ideias defendidas pela literatura naturalista, e que foram aplicadas a este romance através da história de Amaro Vieira, o filho de uma criada, que fica órfão e é adotado pela marquesa de Alegros.
crime padre amaroO Determinismo é um conceito próprio do naturalismo, e a partir dele conclui-se que a personalidade e o comportamento do homem estão condicionados às sua hereditariedade, ao seu meio social e à sua história. Ou seja, o homem é previamente determinado a se comportar de tal maneira, e estes comportamentos são justificados a partir destes fatores.

Amaro tem uma educação religiosa, voltada para o sacerdócio, e acaba se ordenando, mesmo não apresentando indícios de que se sentia chamado a esta vocação. porém não se sentia chamado a esta vocação. É, pois, nomeado pároco da vila de Leiria, onde conhece uma mulher chamada Amélia, filha de Sá Joaneira e concubina de cônego Dias. Os dois, convivendo em meio a um ambiente amoral, acabam se envolvendo.

As personagens da história são criticadas e apresentadas de forma sarcástica e irônica, bem aos moldes do estilo de Eça de Queirós.

O caso dos dois é descoberto pelo noivo de Amélia (João Eduardo), que escreve um artigo criticando os padres que quebram o voto de celibato, fato que acaba provocando uma grande polêmica. Amélia rompe o noivado com Eduardo, acaba ficando grávida do padre, e após dar a luz, morre. A criança desaparece misteriosamente, e é tida como morta.


O autor critica o provincialismo de leiria e toda a sociedade Portuguesa. Questiona o papel da religião e o comportamento errôneo de alguns clérigos. Como um típico romance naturalista, os fatos são mostrados de maneira crua, as mazelas do ser humano são evidenciadas como a traição, a falha de caráter, a mentira, dentre outras. A discussão gira em torno da moralidade que é posta à prova, e as relações afetivas são tratadas mais como algo intrinsecamente instintivo do que como algo afetivo e sentimental. A tragédia, os escândalos e os sofrimentos também não poderiam deixar de aparecer no romance do escritor português

Questões de vestibular sobre O crime do padre Amaro

1) (UEMS) Assinale a alternativa em que o discurso do narrador, no trecho transcrito de O crime do padre Amaro, de Eça de Queirós, NÃO reflete o ponto de vista do personagem indicado entre colchetes.

a) "A idéia da doença, da solidão que ela traz, faziam agora parecer a João Eduardo mais amarga a perda de Amélia. Se adoecesse, teria de ir para o hospital. O malvado do padre tirara-lhe tudo – mulher, felicidade, confortos de família, doces companhias da vida!" [JOÃO EDUARDO]
b) "Apenas fechou a carta, as folhas de papel branco espalhadas diante dela deram-lhe o desejo d’escrever ao padre Amaro. Mas o quê? Confessar-lhe o seu amor, com a mesma pena, molhada na mesma tinta, com que aceitava por marido o outro?... Acusá-lo de cobardia, mostrar o seu desgosto – era humilhar-se!" [AMÉLIA]
c) "O cônego soprava, agarrando fortemente o guarda-chuva contra o vento; Natário, cheio de fel, rilhava os dentes, encolhido no seu casacão; Amaro caminhava de cabeça caída, num abatimento de derrota; e enquanto os três padres, assim agachados sob o guarda-chuva do cônego, iam chapinhando as poças pela rua tenebrosa, por trás a chuva penetrante e sonora ia-os ironicamente fustigando!" [O CÔNEGO]
d) "Viera a suspeitar que a ela no fundo não lhe desagradava a mudança. João Eduardo por fim era um homem; tinha força dos vinte e seis anos, os atrativos de um belo bigode. Ela teria nos braços dele o mesmo delírio que tinha nos seus... Se o escrevente fosse um velho consumido de reumatismo, ela não mostraria a mesma resignação." [PADRE AMARO]


2. (UEMS) Considerando-se os cenários, ou ambientes, em que se passam os acontecimentos narrados emO crime do padre Amaro, é CORRETO afirmar que eles

a) parecem distorcidos, porque resultam da mistura de sonho com realidade.
b) importam apenas à medida que ressoam no interior das personagens.
c) representam alegoricamente o drama vivido pelos personagens Amaro e Amélia.
d) são objetivamente descritos e, neles, cada personagem desempenha seu papel.

3) (UFRS-2007) Considerando a obra "O Crime do Padre Amaro", de Eça de Queirós, associe adequadamente cada uma das afirmações da coluna 2 ao respectivo personagem, que consta na coluna 1.

Coluna 1
1 - Amaro
2 - João Eduardo
3 - Cônego Dias
4 - Amélia
5 - Conde de Ribamar
6 - Carlota
7 - Ruça
8 - Dr. Godinho

Coluna 2
( ) Recebe o noivo de Amélia à porta da casa na Rua Misericórdia e entrega-lhe a carta de rompimento.
( ) É um livre-pensador que publica o "Comunicado" anônimo no jornal "Voz do Distrito".
( ) Seduzido, sente-se fraco, e, em seu intímo, o sacerdócio entra em conflito com a liberdade.
( ) Em suas mãos morre, em circunstâncias obscuras, o filho dos protagonistas.
( ) Afirma, sob a estátua de Camões, orgulhar-se das instituições e do clero português.

A seqüência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

a) 6 - 8 - 2 - 7 - 1.
b) 7 - 2 - 1 - 6 - 5.
c) 8 - 2 - 3 - 6 - 1.
d) 6 - 5 - 1 - 7 - 4.
e) 7 - 1 - 3 - 8 - 4.

4) (UNICAMP-2002) Sobre "O Crime do Padre Amaro", romance de Eça de Queirós, o poeta Antero de Quental, em carta dirigida ao autor, afirmou:

"A longanimidade, a indiferença inteligente com que V. descreve aquela pobre gente e os seus casos, encantou-me. Com efeito, aquela gente não merece ódio nem desprezo. Aquilo, no fundo, é uma pobre gente, uma boa gente, vítimas da confusão moral do meio de que nasceram, fazendo o mal inocentemente, em parte porque não entendem mais nem melhor, em parte porque os arrasta a paixão, o instinto, como pobres seres espontâneos, sem a menor transcendência."

a) Aceitando-se essas considerações de Antero de Quental, em qual ato específico residiria o verdadeiro "crime" do Padre Amaro?

b) Eça trata com sarcasmo as libertinagens, tanto do clero como de algumas figuras da sociedade portuguesa da província. Se, como disse Antero de Quental, são todos vítimas da confusão moral do meio, arrastados pela paixão e pelo instinto, como se pode justificar o sarcasmo por parte do escritor?

c) Contrabalançando essa espécie de degradação moral em que suas personagens estão mergulhadas, nos capítulos finais de "O Crime do Padre Amaro" salientam-se as figuras de um sacerdote e de um médico, que justificam uma visão mais positiva do mundo. Quem são eles?

5) A respeito do narrador de O crime do Padre Amaro é incorreto o que se afirma em: 

a) É em 3ª pessoa, apresentando onisciência. 
b) Possui tanta ligação com os fatos narrados que peca pelo excesso de descrição. 
c) Não opera nenhum tipo de julgamento moral contra as personagens, detêm-se apenas em descrever os fatos. 
d) Move-se de maneira lenta pelo cenário, descrevendo detalhes mínimos de objetos ou vestuários. 
e) Mantém o devido afastamento da obra, apegando-se à minúcia dos detalhes. 

6) O texto abaixo foi extraído do capítulo IX da obra O Crime do Padre Amaro (1880), de Eça de Queirós (1845-1900). 
―Então, passeando excitado pelo quarto, levava as suas acusações mais longe, contra o Celibato e a Igreja: por que proibia ela aos seus sacerdotes, homens vivendo entre homens, a satisfação mais natural, que até têm os animais? 
Quem imagina que desde que um velho bispo diz ―serás casto‖ a um homem novo e forte, o seu sangue vai subitamente esfriar-se? E que uma palavra latina – accedo – dita a tremer pelo seminarista assustado, será o 
bastante para conter para sempre a rebelião formidável do corpo? E quem inventou isso? Um concílio de bispos decrépitos, vindos do fundo dos seus claustros, da paz da suas escolas, mirrados como pergaminhos, inúteis como eunucos! Que sabiam eles da Natureza e das suas tentações? Que viessem ali duas, três horas para o pé da Ameliazinha, e veriam, sob a sua capa de santidade, começar a revoltar-se-lhes o desejo! Tudo se ilude e se evita, menos o amor! E se ele é fatal, por que impediram então que o padre o sinta, o realize com pureza e com dignidade? É melhor talvez que o vá procurar pelas vielas obscenas! – Porque a carne é fraca! 
(Fonte: QUEIRÓS, E. Obra Completa. 2 vols. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1970. 1:326.) 
Este trecho é o pensamento do Padre Amaro Vieira, protagonista do romance. É correto afirmar que, no texto acima, o escritor registra: 

a) A burguesia degenerada a conduzir a formação dos padres católicos. 
b) A noção comum de que o pecado da carne é o único aceitável entre os religiosos. 
c) A percepção científica de que homens e animais são diferentes porque educados pela moral religiosa. 
d) O traço determinista do positivismo de Auguste Comte, admitindo a motivação sexual como algo comum a todos. 
e) A promiscuidade das vielas obscenas como o pecado a afligir os padres jovens.

7) Leia o seguinte trecho: 
―O seu amor era pois uma infração canônica, não um pecado da alma: podia desagradar ao senhor chantre, não a Deus; seria legitimo num sacerdócio de regra mais humana. Lembrava-se de se fazer protestante: mas onde, como?‖ 
Fica claro neste trecho que a escolha religiosa de Amaro é resultado de, exceto: 

a) uma vocação verdadeira e pessoal 
b) uma imposição social 
c) uma imposição familiar 
d) uma fuga 
e) uma oportunidade lucrativa 

8) A respeito do Padre Amaro é correto o que se afirma em: 

a) Representa apenas a hipocrisia política portuguesa, através da sua relação de poder com a condessa de Ribamar. 
b) Sintetiza todos os defeitos do clero lisboeta. 
c) É apenas um exemplo do fracasso da educação religiosa na época de Eça de Queirós. 
d) É resultado de uma série de desvios comportamentais proporcionados, principalmente, pelo meio em que está inserido. 
e) Não lhe são atribuídas características físicas interessantes, o fascínio que cria em Amélia vem, apenas, do fato de ser um religioso.


Gabarito:

1) C    2) D     3) B    4) a) O ato específico do "crime" do Padre Amaro reside na entrega do filho bastardo, que tivera com Amélia, para uma ama-de-leite. A quebra dos votos, o cinismo e o assassinato são uma série de transgressões feitas pelo padre.

b) Eça de Queiroz pretendia por meio do sarcasmo e crítica à sociedade reformular os valores éticos.

c) O sacerdote aludido é o abade Ferrão que ampara Amélia nos momentos difíceis da gravidez. O médico é o Dr. Gouveia que manifesta afeição por Amélia.
5) B     6) D    7) A    8) D


Fonte: infoescola

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