terça-feira, 9 de julho de 2013

As Cruzadas - da primeira a nona resumo (com questões)

As Cruzadas

As cruzadas foram tropas ocidentais enviadas à Palestina para recuperarem a liberdade de acesso dos cristãos à Jerusalém. A guerra pela Terra Santa, que durou do século XI ao XIV, foi iniciada logo após o domínio dos turcos seljúcidas sobre esta região considerada sagrada para os cristãos. Após domínio da região, os turcos passaram impedir ferozmente a peregrinação dos europeus, através da captura e do assassinato de muitos peregrinos que visitavam o local unicamente pela fé. Eram patrocinadas pela Igreja Católica (Papa). O nome Cruzadas é porque os cristãos teciam uma cruz nas suas roupas, simbolizando o voto prestado à igreja.

Principais Causas das Cruzadas

Várias foram as causas das Cruzadas:

O papa Urbano II queria reerguer a unidade católica no oriente, que decaiu com a Cisma do Oriente (1054)
Muitos acreditavam que seguindo as cruzadas, alcançariam a salvação.
Naquela época não havia parque de diversão, então, para fugir do cotidiano das grandes cidades, eles partiam para as Cruzadas.
Claro, interesses comerciais nas ricas terras do oriente.
Como hoje, o papa e outras “santidades”, como Pedro o Eremita, tinham grandes poderes de influenciar o povo. Eles reuniram grandes multidões, de maioria pobre e miserável, para organizar uma Cruzada, chamada de Cruzada Popular. Conseguiram chegar em Constantinopla, mas com poucos recursos, cansados. Quem não gostou disso foi o imperador bizantino Aleixo Commeno, que incentivou os cruzados à atacar os infiéis, resultado: uma tremenda carnificina, quase todos os cruzados morreram. Depois disso, a cruzada ficou conhecida como Cruzada dos Mendigos.

Outras causas das Cruzadas foram:


  • A intolerância dos Turcos Seldjúcidas, que ocuparam lugares preponderantes na Ásia ocidental do século XI ao século XIII e que tinham invadido a Terra Santa;
  • A necessidade, e mesmo obrigação para os cristãos, de preservar o túmulo de Jesus Cristo e proteger os romeiros;
  • O espírito belicoso e cavalheiresco dos fidalgos de então.


Primeira Cruzada (de 1095 a 1099)

Primeira Cruzada teve início em 1095 após declaração do papa Urbano II durante o Concílio eclesiástico de Clermont, na França. Na ocasião, ele evocou a necessidade de os cristãos reconquistarem Jerusalém e libertarem o Santo Sepulcro, sob domínio muçulmano desde 1076. O movimento militar de caráter religioso não foi um episódio isolado, mas um conjunto de campanhas que incluiu a Cruzada Popular, a Cruzada dos Nobres e a Cruzada de 1101.
A atitude do papa foi motivada em parte pelo imperador Aleixo I Comneno, de Constantinopla (1081-1118), que temia uma investida muçulmana contra seus territórios, dada a proximidade de seus domínios com a cidade santa de Jerusalém. Urbano II prometeu aos participantes da expedição, a absolvição dos pecados, além da garantia de terras e riquezas quando da reconquista da Terra Santa.


As notícias sobre o concílio de Clermont e a iminente campanha a Jerusalém, espalharam-se com rapidez pelo Ocidente e atraíram nobres e populares. Muito antes da data marcada para o início da expedição, estabelecida pelo concílio de Clermont para o dia 15 de Agosto de 1096, as primeiras multidões de camponeses começaram a marchar em direção ao Oriente. A caminhada de camponeses e populares ficou conhecida como Cruzada Popular ou Cruzada dos Mendigos.
Eles causaram desordem e chegaram em péssimas condições a Constantinopla. O imperador Aleixo I Comneno, desejando afastá-los de sua capital, procurou incentivá-los a atacar os infiéis. Foi um desastre, pois a Cruzada chegou muito enfraquecida à Ásia Menor, onde foi foi arrasada pelos turcos.
A Cruzada dos Nobres, por sua vez, partiu da Europa utilizando cruzes vermelhas, que sinalizariam a motivação religiosa do conflito, e iniciaram a cruzada sitiando várias cidades até alcançar o seu destino final. Apesar das dificuldades encontradas durante a jornada, os combatentes cristãos conquistaram Niceia e Antioquia até início de julho de 1098. Após Beirute, prosseguiram até Jafa e Haifa. Em Edessa, Godofredo de Bulhão fundou o primeiro “Estado de cruzados”.
Três anos após partirem do Ocidente, eles chegaram a Jerusalém. Na cidade Santa, logo provocaram um grande massacre contra os muçulmanos que ali habitavam. Depois da conquista, Godofredo de Bulhão foi eleito chefe do Reino de Jerusalém. Com sua morte, em 1100, ele foi sucedido por seu irmão, Balduíno de Bolonha.
A nova ordem do Oriente Médio não durou muito tempo, pois a região estava circundada por países árabes, indignados e enfurecidos com as cruzadas. Nos dois séculos seguintes o conflito entre muçulmanos e cristãos se intensificou, o que motivou novas cruzadas e consequetemente causou a morte de centenas de milhares de pessoas.
Na Europa, contudo, as cruzadas acentuaram a expressão da coletividade em torno da cruz e do papa, o que gerou o surgimento de uma espécie de “comunidade europeia” cristã. O sucesso da Cruzada dos Nobres e a necessidade de reforços para a defesa dos novos estados sob domínio cristão levaram o papa Pascoal II, sucessor de Urbano II a incentivar uma nova expedição chamada de a Cruzada de 1101. A campanha, entretanto, não foi bem sucedida como a anterior. As derrotas dos cruzados em diversas batalhas  fizeram os muçulmanos perceberem que eles não eram invencíveis, como parecera durante a Cruzada dos Nobres.

Segunda Cruzada (de 1147 a 1149)


Foi estimulada por São Bernardo, em vista da retomada, pelos islâmicos, da cidade de Edessa. O fracasso só não pode ser considerado pleno, porque Lisboa acabou sendo conquistada dos muçulmanos pelos soldados cruzados que saíram de Flandres e da Inglaterra em direção à Palestina. O resultado ali obtido foi de fundamental importância para a formação do Reino de Portugal. Fora isso, também, conseguiram os cruzados normandos conquistar aos infiéis, possessões anteriormente pertencentes ao Império Bizantino, Corfu, Corinto e Tebas. Na Segunda Cruzada não houve aquele calor ardente nem o empenho da primeira, como conseqüência suas forças pereceram na Ásia Menor e as que alcançaram a Palestina sofreram grave derrota em 1148, quando intentavam tomar Damasco. Foi um desastre total deixando profundo ressentimento no Ocidente contra o Império do Oriente em face do insucesso.




A retomada de Jerusalém

No ano de 1187, tropas de muçulmanos comandados por Saladino rumaram para Jerusalém, e a reconquistaram facilmente. Saladino foi gentil com os cristãos, e evitou o massacre de milhares de pessoas.

Terceira Cruzada (de 1189 a 1192)



Em 1189 foi organizada a Terceira Cruzada, comandada pelo rei da Inglaterra Ricardo Coração de Leão, o rei da França Filipe Augusto, e o imperador alemão Frederico Barba-Ruiva (Barba-Roxa). Esta Cruzada começou dando certo, mas logo os problemas chegaram. Frederico se afogou num rio na Síria, Filipe Augusto tomou o Acre e voltou pra França. Ricardo Coração de Leão ganhou de Saladino duas vezes, mas não conseguiu tomar Jerusalém. Então, Saladino e Ricardo fizeram um acordo, que permitia a entrada de cristãos para fazerem suas peregrinações na Terra Santa. Ricardo voltou logo pra Inglaterra, pois seu irmão estava tentando derrubá-lo e tomar o poder. Foi preso no caminho, na Áustria, e sua mãe teve de pagar o resgate. Retomou o poder, mas em 1199 foi morto quando combatia um vassalo insubmisso.

Quarta cruzada (de 1202 a 1204)

Com o intuito de recuperar o domínio cristão em Jerusalém, que estava sob hegemonia dos turcos otomanos, a Igreja Católica empreendeu as Cruzadas para fortalecer sua doutrina religiosa no mundo.

Entretanto, com a Quarta Cruzada  pregada pelo papa Inocêncio III entre 1202 e 1204, os interesses da Igreja Católica seriam desviados pelo duque de Veneza Enrico Dandolo. A comitiva para a Quarta Cruzada era liderada por Balduíno IX, Conde de Flandres e o Marquês de Montferrant. Eles estavam com algumas dificuldades de pagar a extrema quantia exigida por Veneza para a travessia dos barcos e locomoção do Exército para o Egito.


Aproveitando-se da situação, Dandolo propôs uma incursão até a cidade de Zara, onde hoje fica a Croácia, para tomá-la dos húngaros. Os mercadores de Veneza tinham grande interesse pelo território porque facilitava as transições comerciais com outras nações através da liberação do Mar Mediterrâneo.
Além de Zara, os venezianos invadiram Constantinopla em 1203, que na época estava sob domínio do Império Bizantino. Lá, o Imperador Isaac II fora destituído do poder por seu irmão Aleixo III, fazendo com que o príncipe peça auxílio aos cruzados para dominarem o território.
Com o aval de Inocêncio III, os venezianos dominam Constantinopla e criam novos impostos. Apesar de mostrar-se contrário às invasões em Zara, o papa apoia a tomada de Constantinopla para tentar uma reaproximação com a Igreja Ortodoxa, que de fato não se concretizou.
Veneza também mantinha relações conflituosas com Constantinopla. Em 1182, os mercadores venezianos foram massacrados graças a interesses comerciais regionais. A invasão liderada por Dandolo, de certa forma, também era um ato de vingança patrocinado pela Cruzada.
A tomada de Constantinopla marcou a presença do Império Latino, servindo de ponte entre o Mar Mediterrâneo e o Mar Morto. A região também era dominada pelos Impérios de Nicéia, Trizonda e Épiro.

Cruzada das crianças (1212)


A Cruzada das Crianças - desenho de Gustave Doré.

Existem vários indícios de que a Cruzada das Crianças tenha sido originada a partir da peregrinação de um jovem pastor francês, conhecido como Estevão de Cloyes, de apenas 12 anos. Estevão teria se deslocado para a cidade de Saint-Denis para entregar uma carta ao rei Felipe Augusto, dizendo que Jesus havia aparecido para ele, afirmando que deveria se destinar à Terra Santa.

O rei Felipe Augusto consultou seus conselheiros que orientaram Estevão a voltar para casa. Entretanto, a existência de uma multidão de peregrinos na cidade teria estimulado Estevão a se deslocar para Jerusalém, conseguindo o apoio de milhares de pessoas no caminho, formando uma procissão para enfrentar os muçulmanos.

Entretanto, chegando ao litoral da França, na cidade de Marselha, às margens do mar Mediterrâneo, Estevão teria ordenado que o mar se abrisse para que as crianças passassem. Fato que não ocorreu. Mas, segundo a lenda, tiveram a sorte de encontrar dois mercadores que se dispuseram a levá-los gratuitamente.

Em julho de 1212, cerca de 2 mil jovens teriam embarcado em sete navios com destino ao Oriente. Porém, perto de Sardenha, uma tempestade os teria atingido, naufragando dois navios. Os tripulantes dos outros cinco navios teriam conseguido chegar à Alexandria, no Egito. Só que foram surpreendidos pelas reais intenções dos mercadores. Eles não queriam levá-los à Terra Santa. Queriam vender as crianças e os jovens como escravos aos mercadores orientais. Este teria sido o destino trágico dos jovens que participaram da Cruzada das Crianças.

Não se sabe ao certo se esta história é realmente verdadeira. Os documentos não permitem afirmar com certeza se houve mesmo esta cruzada e se ela teve o destino relatado. Mas textos da época se referem à existência de Estevão, bem como de outras crianças que peregrinavam pela Europa, conseguindo cativar uma multidão de pessoas. Histórias como estas são referidas por alguns cronistas medievais.

As peregrinações eram constantes na Europa durante a Baixa Idade Média em virtude da dificuldade de permanecer nas terras senhoriais, em razão da escassez de terras e alimentos. Era também uma característica do período toda uma gama de lendas religiosas, com histórias fantásticas, que estimulavam um fanatismo religioso. Talvez a história de Estevão seja apenas mais uma destas lendas.

Quinta Cruzada (de 1217 a 1221)




Essa Cruzada ficou conhecida pelo completo fracasso que conseguiu. Chefiada primeiro por André II, rei da Hungria e depois por João Brienne, não conseguiu suportar as enchentes do rio Nilo, no Egito, e viu-se obrigada a desistir de seus objetivos. Era constituída por austríacos, cipriotas, francos da Síria, frísios, húngaros e noruegueses. Foi motivada pela decisão de Inocêncio III em tomar uma fortaleza muçulmana existente sobre o monte Tambor, no Egito.

Sexta Cruzada (de 1228 a 1229)


Frederico II e al-Kamil
Frederico II a negociar a restituição de Jerusalém com o sultão do Egipto


A Sexta Cruzada teve como líder o Imperador Frederico II que partiu em 1227, adoeceu e retornou. Ao chegar o Papa Gregório IX o considerou desertor e, tendo outros motivos para hostilizá-lo, o excomungou. Em 1228 partiu novamente e no ano seguinte, assinou um tratado feito com o sultão do Egito, obteve a posse de Jerusalém, Belém, Nazaré e um ponto da costa. Jerusalém ficou em poder dos cristãos novamente. Mas, em 1244 foi definitivamente perdida mais uma vez. Quando o espírito das Cruzadas estava morrendo o Rei Francês Luís IX, levou uma expedição desastrosa contra o Egito. Foi preso e num ataque em Túnis em 1270 foi morto.

Sétima Cruzada (de 1248 a 1250)




Desembarque de São Luís no Egito
A sétima cruzada teve como objetivo alcançar o Egito. Ricardo de Cornualha e Teodoro IV de Champanhe liderava uma expedição militar cristã, com poucos homens e poucos recursos. 

Foram para a Terra Santa, para reforçar a presença cristã nos lugares santos. Em 1244, o Papa Inocênio IV abriu o Concílio de Lyon, o rei da França Luís IX, se ofereceu para ajudar os cristãos do Levante. 

Em 1248, o monarca francês aproveitou as permutações causadas pelos mongóis no Oriente e foram de Aigues – Mortes para o Egito. 

Em 1250, os cristãos quase conquistaram o Cairo, mas foram impedidos por causa da inundação do rio Nilo, os muçulmanos se apoderaram das previsões alimentares dos cruzados, o que provocou fome e doença nas tropas de São Luís.


Em maio de 1250, o rei foi preso quando chegou a Mansurá, mas foi liberando após o pagamento de um avultado resgate. 
Depois de ser liberado do cativeiro, foi para a Palestina, ficou na Terra Santa por quatro anos. Só deixou a Palestina em 1254, depois de conseguir recuperar todos os demais prisioneiros cristãos e de ter concluído um esforço de fortificação das cidades fracas do Levante.

Oitava Cruzada (1270)

O clima de instabilidade entre os cristãos no Oriente Médio na década de 1260 foi a grande justificativa para que o rei francês Luís IX decidisse organizar uma nova Cruzada, no ano de 1270.


Rota da Oitava Cruzada (linha verde)

No Oriente Médio, genoveses e venezianos entravam em conflito por interesses comerciais, fazendo com que cristãos entrassem em guerra entre eles. Contribuía para a situação caótica da região a invasão dos turcos ao Egito, conhecidos como mamelucos. O império repressor de Gengis-Khan, na Mongólia, havia pressionado os turcos a expulsarem os otomanos, fazendo com que eles invadissem o território egípcio e enfrentassem os cristãos.
No dia 2 de julho de 1270, as tropas francesas partem de Aigues-Mortes em direção ao Oriente Médio, dando início à Oitava Cruzada

Chegaram primeiramente no Egito, que estava dominado pelo sultão Bibars.
Com o objetivo de converter os sultões ao Cristianismo, os cruzados chegaram a deparar-se na mesma cidade que Maomé, que disse que iria recebê-los de mãos armadas.
Entretanto, mal o combate entre cristãos e muçulmanos iria se reiniciar, uma peste que assolava a região do Túnis atacou o exército francês, inclusive chegando a matar o rei Luís IX.
Além do rei, grande parte do exército francês caiu com a peste, incluindo um de seus filhos. O outro herdeiro, Filipe, o Audaz, tratou de negociar a paz com os sultões e retornou à França, onde foi coroado rei em 1271. Pela falta de conhecimento do local e pelas estratégias mal traçadas na tentativa de converter os líderes muçulmanos ao Cristianismo, a Oitava Cruzada foi, em sua essência, um grande fracasso empreendido pelos franceses.

Nona Cruzada (1271)

Pelo curto período de tempo entre elas, a Nona Cruzada é considerada, para muitos, como parte da Oitava Cruzada, onde o rei francês Luís IX e grande parte de suas tropas morreram no Oriente Médio em decorrência do alastramento de uma peste, sem chegar a confrontar os sultões, de religião islâmica.

Em 1271, meses após o fim da Oitava Cruzada, o príncipe inglês Eduardo I mobiliza seus seguidores até a região do Acre, na Galileia, para reforçar o exército enviado anteriormente, na tentativa de converter os sultões ao Cristianismo para manter a hegemonia cristã em Jerusalém, tida como Terra Santa.

Acre foi o território almejado porque anos antes, em 1268, o sultão egípcio Baybars reduziu o Reino de Jerusalém a um pequeno território situado entre Sidão e Acre. Eduardo chegou lá e tentou amenizar o conflito entre sultões e cristãos, com o apoio do papa Nicolau II.

Vendo o domínio de Jerusalém, que antes era dos europeus, ir para os ares com a invasão dos sultões, tornou-se inevitável um conflito entre as tropas de Eduardo I e Baybars. Com algumas alianças na região, Eduardo conseguiu vencê-lo em 1272.

Além de sofrerem a derrota, os sultões ficaram irritados quando um grupo de soldados italianos cristãos chegou ao Oriente Médio e dizimou os muçulmanos. O sultão egípcio AL-Ashraf Jalil jurou vingança e ordenou que pegassem os cristãos de qualquer forma.

Poderoso, o sultão enviou um contingente de 200 mil soldados muçulmanos até Jerusalém para expulsar os italianos e ingleses que dominaram a região. Sem forças, os europeus não resistiram e tiveram que se retirar do Oriente Médio, fazendo com que a influência ocidental em Jerusalém fosse totalmente dissipada.


Resultados das Cruzadas

Entre os resultados que as cruzadas tiveram, podemos citar:
- Aumento do comércio ocidente-oriente.
- A burguesia européia ficou mais rica, às custas dos nobres e cavaleiros que foram às cruzadas.
- Com tanto movimento de pessoas, as cidades e o comércio entre elas se desenvolveram.
- Alguns dos costumes orientais foram incorporados ao ocidente.
- Produtos novos orientais foram trazidos para a europa, como Arroz, Canela, pimenta, cravo, açúcar, algodão, café e perfumes.
- A intolerância aos judeus na Europa cresceu, havendo muitos massacres
- No aspecto cultural, as Cruzadas favoreceram o desenvolvimento de um tipo de literatura voltado para as guerras e grandes feitos heroicos. Muitos contos de cavalaria tiveram como tema principal estes conflitos.

Conclusão

Considerando pelos objetivos as cruzadas foram um fracasso. Não conquistaram de modo permanente a Terra Santa. Não se tem certeza de ter evitado o avanço do Islamismo. O seu custo foi muito caro em vidas e em bens.

Acredita-se porém que as cruzadas motivaram o crescimento da Europa, principalmente no comércio das cidades ao Norte da Itália e a grande rota comercial dos Alpes e do Reno cresceram de importância. A rica civilização do Oriente contribuiu para o enriquecimento da cultura européia.

Por toda a Europa houve melhora do desenvolvimento intelectual. O desenvolvimento teológico através do escolaticismo se desenvolveu. A Igreja presenciou muitos movimentos religiosos populares. As universidades se desenvolveram. Grande desenvolvimento na literatura vernácula e artística. A Europa no período das Cruzadas despertou-se e iluminou-se se comparada com séculos anteriores

Fontes: http://www.infoescola.com/historia/as-cruzadas/
            http://www.coladaweb.com/historia/guerras/as-cruzadas
            http://www.suapesquisa.com/

Exercícios com respostas sobre as Cruzadas

1) (MAUÁ) Relacione entre si a Igreja, as Cruzadas e a cavalaria medieval.

2) (FUVEST) Com relação às Cruzadas, é correto afirmar que:

a) representam, em última instância, a crise do sistema feudal;
b) a Primeira Cruzada foi convocada por Inocêncio III;
c) a Terceira Cruzada conquistou a cidade de Jerusalém;
d) a Quarta Cruzada foi conduzida por Ricardo Coração de Leão;
e) Dandolo, doge de Veneza, fez um acordo com o sultão Saladino durante a Sexta Cruzada.

3) (FUVEST) Durante a Idade Média, os cristãos do Ocidente organizaram expedições contra os "infiéis" que ocupavam os Lugares Santos. Quem eram os "infiéis" e como foram essas expedições?

4) (UFPB 2008) Observe, a seguir, uma imagem européia, do século XII, mostrando um cruzado em luta com um muçulmano, representado com traços ani­malescos. Os árabes também viam os cristãos como selvagens, a exemplo das palavras de um soldado muçulmano: “os europeus são animais que possuem as virtudes da coragem e da luta, mas nada mais”.

(CRAWFORD, Paul. Deadly Give and Take, Christian History, n. 74, 2002, p. 19).

A respeito das Cruzadas, analise as afirmativas a seguir:

I.   Os árabes conquistaram Jerusalém em 638, construindo um dos seus locais mais sagrados, a mesquita no Monte do Templo. Nos séculos seguintes, muçulmanos, cristãos e judeus conviveram em razoável harmonia, situação alterada em 1071, quando os turcos (muçulmanos, mas não árabes) tomaram a cidade e massacraram cristãos e judeus. Considera-se esse fato como uma das causas imediatas das Cruzadas.
II.   As Cruzadas foram um movimento bastante impopular entre os camponeses e outros indivíduos pobres na Europa. As pessoas eram obrigadas a juntarem-se aos exércitos, abandonando suas famílias e correndo o risco de que suas terras fossem tomadas pelos nobres. Por outro lado, os reis europeus também foram contrários às Cruzadas, porque percebiam nelas uma fonte de fortalecimento do poder do Papa.
III.   As Cruzadas, embora não tenham alcançado seu objetivo principal (a conquista da Terra Santa), trouxeram consideráveis conseqüências para a Europa. As cidades comerciais italianas alcançaram uma grande riqueza, transportando cruzados e peregrinos para a Palestina. A Igreja Católica também se fortaleceu, pois utilizou os cruzados para combater as heresias dentro da própria Europa.

Está(ão) correta(s) apenas:

a) III
b) I e III
c) II e III
d) I
e) II

5)  (UFSC/SC) Sobre o movimento das Cruzadas, durante a Idade Média, é correto afirmar que: 

1 - foram expedições de cunho religioso e militar;
2 - tinham, entre seus objetivos, a reconquista da Terra Santa, em poder dos muçulmanos;
4 - propiciaram a reabertura e o restabelecimento das rotas comerciais entre o Ocidente e o Oriente;
8 - impediram a participação dos representantes da nobreza;
16 - fortaleceram o sistema feudal, enfraquecendo a burguesia.
SOMATÓRIA ( )

6) (UnB/DF) As Cruzadas tiveram conseqüências importantes, entre elas: 

a) a centralização da administração e da justiça em mãos dos senhores feudais;
b) o êxito das expedições em defesa da Terra Santa;
c) o fortalecimento do domínio feudal na esfera econômica;
d) o restabelecimento das rotas comerciais territoriais e marítimas entre o Ocidente e Oriente;
e) decadência da burguesia que não retomou seus investimentos no movimento cruzadista.

7) (PUC-SP) As Cruzadas tiveram caráter:

a) exclusivamente religioso, buscando resgatar a Terra Santa das mãos dos árabes e expandir o catolicismo;
b) exclusivamente comercial, buscando novas terras para a agricultura e mercado para os produtos europeus;
c) religiosos e comercial, buscando conciliar a ação expansionista religiosa à abertura de novas rotas comerciais;
d) político e religioso, buscando ampliar o poder do papado e produzir uma fusão entre o catolicismo e o islamismo;
e) político e comercial, buscando expandir o absolutismo monárquico e abrir mercados para produtos do Vaticano.

8) (UFC) “(...) Por volta do ano de 1010, começaram a circular rumores no Ocidente de que, sob a instigação dos judeus, os sarracenos tinham causado a destruição do Santo Sepulcro e decapitado o patriarca de Jerusalém (...) Então, na esteira da cruzada proclamada pelo Papa Urbano II no Concílio de Clermont em 1095, foi engendrada uma atmosfera de histeria religiosa...” RICHARDS, Jeffrey. Sexo, desvio e danação: as minorias na Idade Média. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1993. p. 97) A partir do texto e considerando os objetivos das Cruzadas, assinale a alternativa que corresponde à relação entre a Igreja Católica e os judeus na Idade Média: 

a) Uma colaboração recíproca, pois os judeus eram considerados fiéis observadores da fé e dos ritos cristãos.
b) Uma ação conjunta em defesa da Terra Santa, uma vez que os judeus participaram como bravos combatentes nas Primeiras Cruzadas.
c) Uma aproximação entre judeus e cristãos em virtude da prática da usura, defendida arduamente pela Igreja medieval.
d) Uma grande hostilidade, pois a Igreja, no século XI, buscou cristianizar o mundo e muitas comunidades judaicas, sob a acusação de adoradores do Diabo, foram perseguidas e exterminadas.
e) Uma relação econômica, pois a Guerra Santa foi sistematicamente financiada por grupos judeus dispostos a contribuir com a expansão do cristianismo.

9) (UFPE) Analise as afirmativas abaixo relacionadas com a existência das Cruzadas:

1) As Cruzadas eram expedições organizadas pelos senhores feudais, com a finalidade de reativar a vida nos feudos.
2) As Cruzadas, expedições marcadas por interesses religiosos e econômicos, contavam com a participação da Igreja Católica.
3) As Cruzadas não trouxeram contribuições para a economia no Ocidente, pois criaram conflitos inexpressivos e exarcebaram o fanatismo religioso.
4) A participação da população pobre nas Cruzadas foi significativa e aponta para um dos momentos de crise do sistema feudal.
5) Os lucros dos nobres nas Cruzadas contribuíram para revitalizar a economia feudal, com a adoção do trabalho assalariado.

Está(ão) correta(s):

a) 1, 2, 3, 4 e 5;
b) 2 e 4 apenas;
c) 5 apenas;
d) 2 e 3 apenas;
e)  1 apenas.

10)  (UEMS) Poderosas causas econômicas e políticas interferiram nas expedições das Cruzadas que se destinaram ao Oriente, com a finalidade de libertar o
Santo Sepulcro. Os filhos não-primogênitos dos nobres viram, nas Cruzadas, as perspectivas de:

a) tornarem-se senhores no Ocidente, descrito num discurso feito pelo papa Urbano III em Clemont, como “uma terra mais que todas frutíferas como um novo paraíso de prazeres”;
b) tomar dos senhores no Oriente o papa Urbano II em Clivemont uma terra frutífera que é um paraíso de prazeres;
c) tornarem-se senhores no Ocidente, conforme o descrito num discurso feito pelo papa Urbano VI em Clemont, como “uma terra mais que todas frutíferas como um novo paraíso de prazeres”;'
d) tornarem-se senhores no Oriente, descrito num discurso feito pelo papa Urbano II em Clemont, como “uma terra mais que todas frutíferas como um novo paraíso de prazeres”;
e) tomar posse das terras descritas pelo papa Willians II em Clevimont, como “uma terra mais que todas frutífera como um novo paraíso de prazeres”.

11) Tendo as consequências do movimento cruzadista como referência, responda:

a) O movimento cruzadista alcançou suas pretensões iniciais? Justifique a sua resposta.
b) Aponte outras transformações ocorridas na Europa assim que as Cruzadas chegaram ao seu fim.

12) Sobre as motivações das Cruzadas, responda às seguintes questões:

a) Qual o interesse da Igreja para com o movimento?
b) Quais os interesses econômicos vinculados às Cruzadas?

13) (UEMA) Apesar de não terem alcançado seu objetivo - reconquistar a Terra Santa -, as Cruzadas provocaram amplas repercussões, porque:

a) favoreceram a formação de vários reinos cristãos no Oriente, o que permitiu maior estabilidade política à região.
b) consolidaram o feudalismo, em virtude da unificação dos vários reinos em torno de um objetivo comum.
c) facilitaram a superação das rivalidades nacionais graças à influência que a Igreja então exercia.
d) uniram os esforços do mundo cristão europeu para eliminar o domínio árabe na Península Ibérica.
e) estimularam as relações comerciais do Oriente com o Ocidente, graças à abertura do Mediterrâneo a navios europeus.

14) (FAAP) As cruzadas no Oriente Médio (séculos XI-XIII) tiveram profunda repercussão sobre o feudalismo porque, entre outros motivos,

a) diminuíram o prestígio da Santa Sé, em virtude da separação das Igrejas cristãs de Roma e de Bizâncio.
b) impediram os contatos culturais com civilizações refinadas como a bizantina e a árabe.
c) aceleraram o comércio e o desenvolvimento de manufaturas, promovendo o crescimento de uma nova camada social.
d) desintegraram o sistema de comércio com o Oriente, gerando a decadência dos portos de Veneza, Gênova e Marselha.
e) estimularam a expansão da economia agrária, que minou a economia monetária dos centros urbanos.

15) Com relação às Cruzadas, é correto dizer que:

a) foram expedições organizadas para libertar os turcos otomanos que estavam prisioneiros na Palestina.
b) tinham como principal objetivo catequizar os indígenas das Américas.
c) eram expedições que cruzavam a Europa exclusivamente em busca de um caminho alternativo para as rotas comerciais que vinham do extremo oriente.
d) foram expedições realizadas na Idade Média que, embora não realizassem o objetivo inicial de libertar os lugares santos do domínio muçulmano, tiveram importantes conseqüências econômicas.
e) é o nome que se atribui ao grande movimento dos árabes, no sentido de divulgar sua doutrina, o islamismo, e expandir seus territórios por todo o Oriente e, posteriormente, em direção à Europa.

16)  Durante o período das Cruzadas, São Bernardo de Claraval (1090-1153) escreveu:
“Mas os soldados de Cristo combatem confiantes nas batalhas do Senhor, sem nenhum temor de pecar por pôr-se em perigo de morte e por matar o inimigo. Para eles, morrer ou matar por Cristo não implica qualquer crime, pelo contrário, traz a máxima glória. (…) Em outras palavras: o soldado de Cristo mata com a consciência tranquila e morre com a consciência mais tranquila ainda.” (São Bernardo de Claraval apud COSTA, Ricardo da. Apresentação: A Cruzada Renasceu? BLASCO VALLÈS, Almudena, e COSTA, Ricardo da (coord.). Mirabilia 10. A Idade Média e as Cruzadas. jan.-jun. 2010/ISSN 1676- 5818, p. XIII)

No que se refere às Cruzadas no período medieval, determine quem eram esses soldados de Cristo referenciados no trecho acima, quais as motivações para empreender suas batalhas e quais as suas consequências para o mundo ocidental daquele período.

17) Não foi uma consequência do movimento das cruzadas que ocorreu em 1095:

a) empobrecimento dos senhores feudais
b) fortalecimento do poder real 
c) reabertura do mar mediterrâneo
d) ampliação do universo cultural da Europa
e) criação de uma rota comercial no sul.

18) (PUC-SP/2003) As Cruzadas tiveram caráter:

a) exclusivamente religioso, buscando resgatar a Terra Santa das mãos dos árabes e expandir o catolicismo. b) exclusivamente comercial, buscando novas terras para a agricultura e mercado para os produtos europeus. 
c) religioso e comercial, buscando conciliar a ação expansionista religiosa à abertura de novas rotas comerciais. 
d) político e religioso, buscando ampliar o poder do Papado e produzir uma fusão entre o catolicismo e o islamismo.
e) político e comercial, buscando expandir o absolutismo monárquico e abrir mercados para produtos do Vaticano.

19) Há novecentos anos, em 1095, o Papa Ur­­bano II convocou todos os cristãos para lu­­tar contra os árabes a fim de reconquistar a “Terra Santa”. Foram duzentos anos em que ondas sucessivas de milhares de peregrinos armados, aventureiros, guerreiros, cavaleiros medievais e exércitos liderados por reis, se lançaram ao Oriente Médio. As Cru­­zadas influíram decisivamente na história da Europa na Baixa Idade Média. A mais significativa de suas conseqüências foi:

a) A reunificação das igrejas Católica e Ortodoxa, separadas em 1054 pelo Cisma do Oriente.
b) Um novo cisma no Cristianismo com o início da Reforma Protestante no século XVI.
c) A conquista dos lugares sagrados do Cristianismo situados no norte da África.
d) A “reabertura” do Mediterrâneo, o que, possibilitou o comercio das especiarias vindas do Oriente.
e) O declínio do comércio, o desaparecimento da vida urbana e a descentralização política no Ocidente da Europa.

20) Qual das alternativas abaixo define melhor o que foram as Cruzadas Medievais?

a) Foram organizações comerciais com objetivo de expandir o comércio entre Ocidente e Oriente na Idade Média.
b) Foram expedições militares europeias, organizada pelos cristãos, que tinha como objetivo principal a conquista de todo continente asiático e africano.
c) Foram organizações de caráter cultural e artístico que tinha como objetivo promover a cultura ocidental cristã na região do Oriente Médio.
d) Foram expedições militares ocidentais (europeias) de inspiração cristã enviadas à Palestina para recuperarem a liberdade de acesso dos cristãos à Jerusalém, que havia sido tomada pelos muçulmanos no século XI.

21) Do ponto de vista cultural, as Cruzadas favoreceram a:

a) Criação de obras de arte que valorizavam a cultura islâmica na Europa.
b) Valorização das artes plásticas cujos artistas passaram a criticar a Igreja Católica através de suas pinturas e esculturas.
c) Criação de escolas de artes na Europa, administradas por professores de origem árabe.
d) Literatura conhecida como contos de cavalaria, que relatava os feitos heroicos e conflitos militares entre cristãos e muçulmanos durante as Cruzadas.

22) Qual a principal consequência das Cruzadas do ponto de visa religioso?

a) A paz religiosa entre todas as religiões da Europa, Ásia e África durante toda Idade Média.
b) A conversão de grande parte da população europeia ao islamismo.
c) O aumento das tensões entre cristãos e muçulmanos na Baixa Idade Média.
d) O surgimento de novas religiões cristãs, entre elas as protestantes.

23) (Mackenzie 97) "Entre os movimentos mais conhecidos da Idade Média estão as Cruzadas, que foram originalmente expedições organizadas pela Igreja, contando com o apoio dos dirigentes políticos das principais monarquias feudais"
                               (Marco Antônio de Oliveira Pais)
 
As Cruzadas no Ocidente tinham por objetivo:

a) reconquistar os territórios sagrados do cristianismo na Palestina e reunificar o mundo cristão abalado com o Cisma do Ocidente.
b) libertar do domínio muçulmano o Sacro Império Romano Germânico do Ocidente através da união dos reis, Ricardo Coração de Leão, Felipe Augusto e Frederico Barba Ruiva.
c) expulsar os muçulmanos da Península Ibérica, promover a expansão cristã nas terras eslavas e combater os hereges albigenses na França.
d) libertar as cidades de Gênova e Veneza do domínio islâmico e expulsar os mouros da região de Flandres, reabrindo as rotas comerciais.
e) conquistar Jerusalém, organizar na região o sistema feudal e criar ordens monásticas como a dos Templários e dos Hospitalários.

24) (UNIFOR – 1999) "Deixai os que outrora estavam acostumados a se bater contra os fiéis em guerras particulares, lutar contra os infiéis (...). Deixai os que até aqui foram ladrões tornarem-se soldados. Deixai aqueles que outrora se bateram contra seus irmãos e parentes lutarem agora contra os bárbaros, como devem. Deixai os que outrora foram mercenários, a baixos salários, receber agora a recompensa eterna. (...) uma vez que a terra que habitais, fechada de todos os lados pelo mar e circundada por picos de montanhas, é demasiado pequena para a vossa grande população: a sua riqueza também não abunda, mal fornece o alimento necessário aos seus cultivadores (...). Tomai o caminho do Santo Sepulcro; arrebatai-o àquela raça perversa e submetei-o a vós mesmos."
 
O texto é um trecho do Sermão do Papa Urbano II, convocando os cristãos a organizarem a Cruzada. De acordo com as palavras do papa pode-se deduzir que as Cruzadas, além da libertação do Santo Sepulcro, visavam
 
a)conter o crescimento populacional na Europa e a invasão muçulmana, na Península Ibérica.
b) anular o interesse da Igreja na união da cristandade e o crescimento da produção agrícola.
c) aliviar as tensões internas da cristandade e expandir o seu território.
d) incentivar os cristãos a lutarem contra os infiéis e a estimular o interesse do clero pelo comércio oriental.
e) glorificar o esforço da Igreja em combater as  guerras entre os nobres e a conseqüente diminuição da  população.

25)  (UFRS 97) Entre os fatores que explicam o renascimento do comércio, a partir do século XI na Europa ocidental, podemos apontar:
 
I - A invasão da Europa por diversos povos bárbaros que estimularam as trocas comerciais.
II - Uma renovação das práticas agrícolas com a difusão de instrumentos de trabalho como o arado de ferro, a foice e a enxada.
III - O movimento das cruzadas que, ao reabrir o Mediterrâneo, intensificou os contatos com o Oriente.
 
Quais estão corretos?

a) Apenas I
b) Apenas I e II
c) Apenas I e III
d) Apenas II e III
e) I, II e III

Gabarito:

1) A cavalaria medieval constituía um conjunto de práticas e atitudes, formando um verdadeiro código de conduta que os nobres deveriam cumprir. As regras da cavalaria forma inspiradas pela Igreja com o fito de amenizar a violência da época e, durante a crise do feudalismo e a marginalização social dela resultante, contribuíram para canalizar a nobreza européia para as Cruzadas.
2) A    
3) Os "infiéis" eram os muçulmanos (árabes e turcos) que, a partir do século VII, se expandiram pelo Oriente Médio e Próximo e pela Bacia do Mediterrâneo, ocupando inclusive Jerusalém. As expedições, organizadas por inspiração da Igreja a partir do final do século XI, são as Cruzadas; no entanto, embora proclamassem como seu objetivo a libertação da Terra Santa (Palestina), as Cruzadas devem ser entendidas como uma tentativa de solução para a crise do feudalismo.
4) B   5) 1+2+4=7     6) D    7) C   8) D   9) B   10) D
11) a) Não. Mesmo tendo alguns trunfos em suas etapas iniciais, o movimento cruzadista acabou sofrendo com a oposição das tropas muçulmanas. De tal modo, as terras conquistadas ao Oriente, acabaram sendo perdidas e a hegemonia sob a cidade de Jerusalém não foi conquistada.

b) Apesar de não atingir seus objetivos iniciais, as Cruzadas tiveram grande importância para que o comércio entre o Ocidente e o Oriente fosse rearticulado. Sob esse novo contexto, vemos que a expansão do comércio veio acompanhada do crescimento dos centros urbanos, da mudança dos hábitos alimentares e estéticos da nobreza europeia, e da maior circulação de conhecimento.
12) a) Para congregar as forças militares da nobreza europeia, a Igreja estabeleceu que as Cruzadas tivessem como objetivo fundamental, impor a expulsão dos muçulmanos da cidade de Jerusalém. Considerada uma cidade santa, os clérigos pretendiam varrer qualquer possibilidade de avanço da crença islâmica em terras ocidentais.

b) Na época em que as Cruzadas foram organizadas, a Europa vivia um franco processo de crescimento de suas populações. Dessa forma, as terras disponíveis passariam a não comportar adequadamente a demanda por alimentos dos europeus. Com isso, a conquista de terras no Oriente aparecia como uma maneira interessante de se resolver o problema. Além disso, devemos destacar que alguns comerciantes também apoiaram o movimento esperando tomar posse de rotas comerciais, terrestres e marítimas controladas pelos muçulmanos.
13) E    14) C  15) D
16) Os europeus mencionados no texto eram os homens medievais “teocentrizados”, ou seja, fanáticos religiosos que aceitavam a Guerra Santa como uma ordem de Cristo. Munidos deste espírito religioso, convocados pelo papa Urbano II, seguiram para Jerusalém com a finalidade de libertar a Terra Santa das mãos dos infiéis islâmicos.
Como consequência do movimento cruzadista, podemos mencionar: o início de um processo de enfraquecimento da Igreja Católica, a reabertura do Mediterrâneo para o comércio, a decadência do sistema feudal, o renascimento comercial e urbano, dentre outros.
17) B     18) C  19) D   20) D   21) D     22) C    23) C      24) C    25) D


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